segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pinhão do Paraná

Sendo um mês tipicamente frio, a culinária das festas do mês de junho - as festas juninas - não poderia deixar de conter bebidas e alimentos energéticos e quentes: pinhão, quentão, batata assada, mandioca frita, pipoca, amendoim, canjica e bolo de fubá são alguns exemplos dessa "quentíssima" culinária. Mas aqui nós vamos falar sobre o pinhão - a semente de uma árvore bem brasileira: o pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia).
Esta semente apresenta um valioso teor nutricional. Tanto que era a principal fonte de alimentação de algumas tribos indígenas do sul do Brasil. Sua polpa é formada basicamente de amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas. E antes de falarmos desta semente e sua bela árvore, vale lembrar que a melhor maneira de aproveitar todas as deliciosas potencialidades do pinhão é saber prepará-lo. Pelo menos um ingrediente é indispensável: a paciência. Deixe-o cozinhar lentamente, para que a casca se abra e libere todas as suas qualidades de aroma e sabor.
Comida de índio?
Os índios paranaenses, coletores de alimentos, tinham o pinhão como um alimento por excelência e acabavam atuando como propagadores das florestas de pinheiros. Para a colheita, os índios botucudos tinham flechas especialmente adaptadas para derrubar as pinhas ainda presas. A tal flecha chamava-se "virola".

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